terça-feira, 25 de março de 2014

Nós podemos mudar esse país para melhor!

As profissões regulamentadas necessitam ser úteis à sociedade, defendendo-a dos que má a exercem. No entanto, há algumas questões a ponderar:
1. Os processos de empresas e profissionais irregulares são julgados somente por representantes eleitos pela própria categoria fiscalizada. Esta condição favorece potencial risco para não garantia de decisões isonômicas.
2. Os conselheiros são escolhidos, direta ou indiretamente, pela categoria que é fiscalizada. Por lógica, segmentos mais numerosos (com mais eleitores) possuirão maior representação, em detrimento de segmentos menores.
3. Quem fiscaliza os profissionais e empresas são funcionários de conselhos profissionais, regidos pela CLT. Como garantir cumprimento da aplicação dos atos normativos se quem fiscaliza não possui estabilidade na função? Lembrando: nem todos que votam querem ser fiscalizados...
4. Desde 2006, profissionais docentes em cursos de graduação não necessitam manter inscrição no respectivo conselho profissional. Isso favorece o afastamento deste docente, e do curso formador, à realidade do mercado, formando profissionais cada vez mais distante do alvo que a sociedade necessita.
5. O Ministério da Educação avalia as universidades e os cursos de graduação sem atribuir valor ao docente que mantém atividade paralela afim com a profissão em que ele professa. Belo incentivo, não?
6. Os conselhos profissionais existem para fiscalizar a ética profissional, e quem fiscaliza a "ética dos conselhos"?
7. Há concentração de profissionais em grandes centros, o que não garante, com raras exceções, melhorias salariais e nas condições de trabalho. Se assim fosse, teríamos sindicatos fortes, categorias fortes!
8. A maioria dos nossos acadêmicos e profissionais não participam de movimentos para melhoria da profissão. Falta de iniciativa?Ou de referências?
9. Sabemos quantos profissionais são necessários e quantos são suficientes para atender as demandas da nação a cada ano?A cada década? Isso está alinhado com as universidades e cursos de pós-graduação?

Esse conjunto de questões é um exemplo do complexo contexto em que nos encontramos.
Falta é um projeto de médio e longo prazo para as profissões regulamentadas.
Para tanto, as profissões precisam conhecer o cenário em que estão, para conseguir compreendê-lo e projetar um futuro,um horizonte.
Será necessário transpor as barreiras das vaidades intra-profissão e inter-profissão, pois a sociedade sabe quem está a seu lado.
Profissão que não é útil ao povo, é desnecessária.
Então, sejamos profissionais! Instituições e entidades representativas das profissões: organizemo-nos para estruturar esse projeto!
Nós podemos mudar esse país para melhor!

2 comentários:

  1. Os conselhos deveriam ser geridos por três poderes... 1-Núcleo administrativo/financeiro/jurídico(para julgamento e determinação da penalidade ética do profissional) por servidores de carreira; 2-Representantes do sindicato dos profissionais;3-Profissionais eleitos dentre eles para atuar no conselho consultivo. Hoje o item 3 é que faz a gestão de todo o processo.

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